domingo, 5 de junho de 2011

Filme: O lado selvagem

O filme “O lado selvagem” é baseado no caso real de Christopher McCandless e retrata a história de um jovem de 22 anos que após se licenciar decide mudar a sua vida. É um jovem que se pode observar ser bastante simpático, capaz de fazer amigos facilmente e, apesar de ser bastante forte psicológicamente, ter uma tristeza interior.

Para essa mudança, este deixa o estilo de vida consumísta abandonando a sua família materialista, hipócrita e cheia de mentiras, sem deixar qualquer tipo de informação ou notícia. O jovem resolve doar o seu dinheiro a uma instituição de caridade e mais tarde queimar o dinheiro que tinha levado consigo e abandonar o seu carro. Assim, este continua a sua viagem em certas partes a pé, outras apanhando boleia ou até mesmo de canoa.

Esta viagem tinha como objectivo de o fazer sentir mais livre e de se integrar na natureza selvagem e pura, tendo em conta que o destino desta longa viagem era o Alasca.

Para sobreviver ao longo da sua viagem quando se encontrava em más condições financeiras este arranjava empregos temporários, pois não se encontrava no mesmo local durante grandes períodos de tempo.

O tocante final do filme dá-se pela morte do jovem ao ser “tramado” pela natureza que este tanto amou e que recorreu para ter uma vida melhor para si mesmo.

Luther, o filme

O filme conta a história de Martinho Lutero, ex-sacerdote católico que não concordava com algumas doutrinas adoptadas na época.

Os principais pontos que Lutero focava eram as indulgências e a falta de vocação dos cargos da igreja católica da altura. O que também afligia Lutero era a impossibilidade dos alemães lerem a bíblia.

Após quase ter sido atingido por um raio, Lutero acredita ter recebido um chamado. Ele junta-se ao monastério, mas fica logo atormentado com as práticas adoptadas pela igreja católica  na época.

Após pregar numa igreja as suas 95 teses contra as indulgências, Lutero passa a ser perseguido. É pressionado para se redimir publicamente, mas recusa-se a fazê-lo e a negar as suas teses, desafia a igreja católica a provar que estas estejam erradas e que contradigam o que prega a bíblia.

Ao ser excomungado, Lutero foge e inicia a sua batalha para mostrar que os seus ideais estão correctos e que estes permitam que todas as pessoas tenham acesso a Deus.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Actividade de consolidação - pág. 108


1. Nos exemplos de acções a seguir apresentados, identifica aqueles em que a acção respeita o dever e aqueles em que a acção está apenas em conformidade com o dever. Justifica. 

a. "Não explora os clientes incautos, aumentando indevidamente os preços, porque se apercebe que esse comportamento acabará por ter consequências prejudiciais para a sua reputação e, paralelamente, para os seus proventos." 
R.: Acção em conformidade com o dever. O vendedor não comete um acto imoral, pois fá-lo por interesse e não por dever. 

b. "É generoso e solidário porque é essa a sua natureza e sentir-se-ia desconfortável se não ajudasse os outros quando passam por dificuldades." 
R.: Acção em conformidade com o dever. O sujeito fá-lo porque acha que deve e não por ser um dever, para agir correctamente. 

c. "Diz a verdade ao amigo sobre a gravidade do seu estado de saúde apesar de lhe custar muito magoá-lo." 
R.: Acção que respeita o dever. Em vez de seguir a ideia inicial de mentir para não magoar o amigo, este, mesmo sabendo o que está em causa, opta por dizer a verdade, porque esse é o seu dever. 

d. "É leal para com o amigo pois ele também sempre lhe manifestou lealdade." 
R.: Acção em conformidade com o dever. É leal porque o seu amigo lhe é leal, não porque acha que o deve ser. 

e. "Tratou bem o paciente, apesar de este ser um criminoso, reconhecido pela sua crueldade." 
R.: Acção que respeita o dever. Em vez de seguir a ideia inicial de tratar mal o paciente por este ser um criminoso, este tratou-o bem porque era esse o seu dever, indiferentemente com a situação em que o paciente se encontrava. 

2. Dois dos exemplos a seguir apresentados implicam contradição com a Lei e um implica contradição na vontade. Procede à respectiva identificação e justifica. 

a.  "Fazer uma promessa, sabendo que não a poderei cumprir." 
R.: Contradição na vontade. Mesmo sabendo estar a prometer algo que não será possível de cumprir e que não o devia fazer, promete. 

b. "Não ser nunca solidário com os outros." 
R.: Contradição com a lei. A lei diz que se deve ajudar os outros, logo esta frase esta a contradizer a lei. 

c. "Mentir se for necessário para tirar proveito pessoal de uma situação." 
R.: Contradição com a lei. A lei diz que não se deve mentir, sendo para tirar proveito pessoal ou por qualquer outro motivo, logo, a frase contradiz a lei. 

3. Considera as seguintes concepções sobre a origem e natureza do dever: 

a) "É o sentimento que me mostra o que devo fazer." 

b) "Porque sou um ser racional, e partilho a racionalidade com todos os seres humanos, sei o que devo fazer, a razão mostra-me o caminho que devo seguir." 

c) "A sociedade inculca em mim princípios que me permitem reconhecer os meus deveres." 

1) Destas diferentes concepções qual a que Kant subscreveria? Porquê? 
R.: Kant subscreveria a concepção b). Pois Kant defendia a racionalidade estando a razão acima de tudo. 

2) Qual destas concepções te sentes inclinada a adoptar? Porquê? 
R.: A concepção b), porque entendo que, ao ser um ser racional, devo seguir sempre a razão nas minhas atitudes e valores. 

3) Qual a que te parece menos plausível? Porquê? 
R.: A concepção a), porque existem situações em que não devemos seguir os nossos sentimentos, pois estes podem estar errados e bloquear a razão.
 
 

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Questionário sobre Kant



1.      Caracterize o pensamento ético de Kant e explicite o significado de cada um dos conceitos.
R.: A ética de Kant, denominada de ética Kantiana, é intitulada como racionalista, formal, deontológica (do dever) e intencionalista. A ética de Kant tem como fundamento o conceito de boa vontade ou consciência racional do sentimento do dever. É racionalista pois fundamenta-se principalmente na razão, e é deontológico pois a acção é determinada em função do dever.

2.      Qual é o princípio supremo da moral no modelo ético de Kant. Justifique.
R.: O princípio supremo da moral do modelo ético de Kant é o conceito de boa vontade. Esse conceito é baseado na faculdade de escolher apenas aquilo que a razão reconhece como necessário ou bom, sem a intervenção de qualquer inclinação.                                                                                                    

3.      Resuma em poucas palavras o texto de FMC (Fundamentação da Metafísica dos Costumes) que se encontra no manual (pág.102).
R.:

4.      “Se quiseres que os outros te respeitem, deves falar a verdade”. Kant subscreveria esta afirmação? Justifique esta resposta.
R.: Sim, pois a verdade está unida com a boa vontade.

5.      Só são verdadeiramente boas as acções de uma boa vontade e a vontade só é boa quando age por dever. Kant subscreveria esta afirmação?
R.:  Sim.

6.      O que é para Kant a lei moral?
R.: Para Kant, a lei moral é a lei comum a todos os sujeitos morais – que constituí o princípio do agir e o fim da acção. Esta lei moral radica na boa vontade contra o interesse, ganho ou inclinação natural.

7.      Tendo nascido em 1724, o autor tornou-se um dos principais pensadores do iluminismo. Defina iluminismo.
R.: Iluminismo foi um movimento cultural e intelectual. É um conceito que sintetiza diversas tradições filosóficas, sociais, políticas, correntes intelectuais e atitudes religiosas.

8.      Porque razão se afirma que a ética de Kant não tem conteúdos? Justifique a sua resposta.
R.: Não estabelece nenhum bem ou fim que tenha que ser alcançado, não nos diz o que temos que fazer, mas apenas como devemos ou podemos actuar.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Questões de Reflexão

Ser ou Não Ser
- Sim ou não somos livres? A liberdade só admite 0 ou 1?
É dificil definir a liberdade. A liberdade não é absoluta, pois estamos limitados às circunstâncias que nos rodeiam e aos condicionantes a que estamos sujeitos. Podemos dizer que o ser humano é livre, porque tem consciência dos determinismos que o condicionam. Ser livre é ser determinado conscientemente, sem constrangimento e fase às suas vontades e suas razões.

Constrangimento
- A liberdade é ausência de constragimento?
A liberdade é ausência de constrangimento no sentido absoluto. Um sentido em que a acção livre seria aquela que se opta independentemente de qualquer contrangimento e de qualquer determinação. Seria uma liberdade que nada tinha a ver com a causa das coisas. Nesta leitura de liberdade, as acções não têm a ver com os desejos nem com a personalidade de quem as pratica. A escolha seria perfeitamente voluntária, negando-se ao determinismo. Neste caso, o determinismo e a liberdade tornam-se incompatíveis, pois o ser humano ou é livre ou é determinado.

Espontaneidade
- Agir espontaneamente é agir livremente?
Agir espontaneamente é agir através das nossas vontades. É uma necessidade que se concilia com a liberdade. É agirmos livremente através dos nossos desejos, carácter e personalidade, ao mesmo tempo que somos responsáveis pela acção praticada. Neste ponto de visto, a liberdade é compatível com o determinismo, sendo essencial à liberdade e à responsabilidade de ser humano.

Indiferença
- A indiferença é liberdade? Ser indiferente é sinónimo de ser livre?
Ser indiferente é simplesmente ignorarmos o que nos rodeia. Não reconhecer e aceitar os determinismos que condicionam um ser humano a ser livre é ser indiferente e viver em igorância e inconsciência, algo que a vida se encarregará de corrigir. Por outro lado, ser indiferente pode ser sinónimo de ser livre, se o ser humano se limitar a viver apenas em função das ideias dos outros e não tiver opinião própria, achando que assim é um ser livre à sua maneira.

Indeterminação
- A liberdade é sinónimo de indeterminação?
A liberdade é o oposto de indeterminação. Ser-se indeterminado é ser-se absolutamente indiferente. E na indiferência não existe liberdade. Liberdade e determinação devem ser consideradas conciliáveis. E ser livre é poder agir ou não agir segundo as determinações da vontade.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Ciência, Senso Comum e Filosofia

Ciência, senso comum e Filosofia
1.      Senso comum
“Saber ligado às exigências práticas do quotidiano”
ð  Superficial;
ð  Ingénuo;
ð  Imetódico.
2.    Ciência
“Actividade humana cuja finalidade é explicar os fenómenos”
ð  Não reconhece valor à apreensão espontânea da realidade;
ð  Rejeita teorias que não sejam ulteriormente confirmadas;
ð  Implica o rigor metodológico;
ð  Exige fundamentação através de dados objectivos;
ð  Elabora testes de validação;
ð  Enuncia leis;
ð  Tem a capacidade de prever fenómenos;
ð  Constrói teorias através de métodos claramente definidos.

3.    Filosofia
Actividade de formulação e tematização de problemáticas
ð  Reflexão tendo em vista a compreensão dos fenómenos;
ð  Lida com a dimensão não solúvel dos problemas (problematicidade) e com as respostas possíveis;
ð  A filosofia aborda as questões de sentido;
ð  Aborda os problemas da vida.
A ciência aproxima-se da Filosofia pelo seguinte:
ð  Postura de investigação;
ð  Desejo de saber;
ð  Procura racional;
ð  Descodificação dos enigmas e mistérios do mundo.
A ciência distingue-se da Filosofia pelo seguinte:
ð  Não se contenta com respostas e procura soluções para os problemas;
ð  O seu modo de ser traduz o desejo de resolução e eliminação de problemas;
ð  Circunscreve o domínio que ela se propõe abarcar (exactamente o que é susceptível de ser solucionado e resolvido;
ð  Constrói as suas teorias através de métodos previamente definidos.

 

sábado, 25 de setembro de 2010

O Objecto, o Objectivo e o Método da Filosofia

Dentro da filosofia, não existe apenas um único Objecto de estudo, mas sim vários. O que significa que tudo o que existe no Universo pode ser estudado através de uma reflexão filosófica, desde o mais vulgar e simples objecto material ao mais complexo. A filosofia explora campos como a arte, a religião, a linguagem e tantos outros.

O Objectivo da filosofia é compreender melhor o mundo e a vida, levantando questões, perceber razões e encontrar sentidos. Não tem como finalidade encontrar as causas dos fenómenos como acontece na ciência.

O Método da filosofia é o compreender através da razão. O filósofo procura sempre a melhor ou as melhores razões que consegue apresentar, tentando defendê-las através dos seus argumentos.